Olá, queridos leitores!
Na postagem anterior, abordamos sobre os Atos
de Fala e entendemos como as palavras que escolhemos e a maneira como as
usamos têm o poder de realizar ações. Agora, vamos dar continuidade às nossas
reflexões, explorando sobre a Paralinguagem.
Vamos descobrir como este tipo de
comunicação não verbal influencia nossas interações e a percepção das mensagens
que realizamos.
O que é Paralinguagem?
A paralinguagem é uma parte
essencial da comunicação não verbal que se concentra nos elementos vocais que
acompanham as palavras faladas. Ela é responsável por transmitir informações
emocionais, sociais e contextuais, complementando o conteúdo verbal. Então,
pode-se distinguir os seguintes aspectos de sinais de voz e expressões
percebidas:
- Entonação:
refere-se ao padrão da voz, incluindo altos e baixos na fala. A entonação
pode indicar emoções, como entusiasmo, sarcasmo ou tristeza. Por exemplo,
uma entonação crescente no final de uma frase geralmente indica uma
pergunta.
- Ritmo: o
ritmo da fala se relaciona com a velocidade e a regularidade das palavras.
Falar rápido pode indicar excitação ou pressa, enquanto um ritmo lento
pode denotar ponderação ou relaxamento.
- Volume: o
volume da voz se refere ao quão alto ou baixo alguém fala. O volume pode
transmitir intensidade emocional, bem como a necessidade de atenção. Por
exemplo, falar alto pode expressar raiva, enquanto falar suavemente pode
sugerir confidencialidade.
- Pausas e Silêncio: as
pausas na fala e o uso do silêncio são cruciais na Paralinguagem. Pausas
estratégicas podem enfatizar ideias ou permitir que o ouvinte processe
informações. Silêncios prolongados podem criar desconforto ou indicar
hesitação.
- Ênfase e Ênfase
de Palavras: a
ênfase em palavras específicas ou frases na fala pode influenciar o
significado da mensagem. A ênfase correta ajuda a esclarecer ou destacar a
importância das informações transmitidas.
- Articulação e
Clareza: a
maneira como as palavras são pronunciadas e articuladas afeta a
compreensão da mensagem. Uma fala clara e bem articulada é importante para
garantir que a mensagem seja entendida corretamente.
Fonte: Blog do
Sherlock
Todos nós temos uma identidade vocal, a
qual é composta por: altura, velocidade, postura, dicção. Não é sobre ter uma
voz bonita, mas em como utilizá-la de maneira que a mensagem a ser transmitida
atinja seu objetivo da maneira mais precisa. Isso é possível com a utilização e
junção de elementos que contribuem no resultado final.
Nesse sentido, a voz desempenha um papel
vital na expressão emocional na comunicação não verbal. Por exemplo, quando
alguém está muito feliz, sua voz tende a ficar mais alta e animada. Por outro
lado, a tristeza muitas vezes é expressa com uma voz mais suave e lenta. Da
mesma forma, emoções intensas podem fazer a fala acelerar, enquanto sentimentos
negativos podem resultar em uma fala mais devagar.
O volume da voz também é um indicador
emocional. Quando as pessoas estão entusiasmadas ou com raiva, geralmente
falam mais alto. Pense em uma discussão na qual as vozes se elevam. Em
contraste, momentos de intimidade ou tristeza podem ser comunicados com uma voz
mais suave.
EXEMPLOS
Volume:
"Eu realmente
não gostei disso."
Com
volume baixo: A frase pode transmitir desaprovação de
forma mais sutil ou resignada.
Com
volume alto: A frase pode ser entendida como um
desabafo ou uma reclamação intensa.
Velocidade de fala:
"Eu terminei o relatório!"
Falando
rápido: A frase pode expressar empolgação ou pressa.
Falando
devagar: Pode sugerir frustração ou desânimo.
“A identidade vocal é uma
poderosa arma para influenciar e encantar pessoas!”
Fonte: Eltanet
Vamos
acompanhar os posts dos meus colegas sobre outros tipos de comunicação não
verbal:
Anderson: Cronêmica
Elis Rebeca: Olfática
Flaviane Costa: Signos e símbolos
Ludmilla Costa: Entonações vocais
Luís Henrique:
Háptica
Maria Carolina: Silêncio
Mariana Arruda:
Gestos
Raimundo Nonato:
Oculares
Ramon Crístian: Postura Corporal
REFERÊNCIAS
CORRAZE, J. As
comunicações não verbais. (Trad. Roberto Cortes de Lacerda). Rio de Janeiro,
Zahar, 1982.
DAVIS, F. Comunicação não
verbal. (Trad. Antônio Dimas). São Paulo: Summus, 1979.
CARVALHO, Anderson. O que
é paralinguagem. Disponível em: https://cursodelinguagemcorporal.com/o-que-e-paralinguagem.
Acesso em: 05/04/2025.
SENNA, Sérgio. Sussurros não-verbais. Compreendendo a paralinguagem em nossas interações.
Disponível em: https://ibrale.com.br/paralinguagem-linguagem-corporal/.
Acesso em: 05/04/2025.
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