Olá, queridos leitores!
É com grande prazer que dou as boas-vindas
a todos vocês. Nesta primeira postagem, gostaria de compartilhar o conceito
de Linguística segundo a perspectiva de alguns autores, além de ressaltar a
relação de proximidade ou semelhança que a Linguística mantém com outras
ciências. Nesta breve explanação, também abordarei qual área da Linguística o
Projeto de Pesquisa que proponho, por ora, está relacionado. Para tanto, primeiramente,
precisamos compreender o que é linguagem e língua.
Entre as ferramentas culturais do ser
humano, a linguagem ocupa um lugar à parte, porque o homem não está programado
para aprender física ou matemática, mas está programado para falar, para
aprender línguas, quaisquer que elas sejam. Dessa forma, podemos nos
questionar, assim como Fiorin (2013), o que é Linguística?
A linguística parece ser um dos ramos do
conhecimento que mais se expande. Ela tenta responder às perguntas básicas:
"O que é linguagem" e "Como a linguagem funciona?".
Dito isto, todos os seres humanos,
independente de sua escolaridade ou sua condição social, a menos que tenham
graves problemas psíquicos neurológicos, falam.
Nesse contexto, é importante observarmos que cada hemisfério do cérebro controla uma série de funções, por exemplo, o hemisfério direito é que nos confere a capacidade de reconhecer rostos e objetos. Já o lado esquerdo do cérebro controla nossa capacidade de leitura e escrita, assim como nos permite identificar regras gramaticais. No entanto, esses hemisférios atuam em conjunto e em algumas funções são comprovadamente controladas pelos dois lados, como a fala, por exemplo. Estudos com pessoas que tiveram um dos hemisférios lesionados e continuaram a falar mostraram esse resultado. Como podemos observar na figura abaixo.
Segundo Fiorin (2013), a Linguística em si
é descritiva, não prescritiva. Ela não prescreve as regras que devem ser
usadas. Ela apenas descreve a situação na língua, descreve a língua em todos os
aspectos. Quando falamos, então, que os linguistas estudam a linguagem,
queremos dizer que, embora observem a estrutura das línguas naturais, eles não
estão interessados apenas na estrutura particular dessas línguas, mas nos
processos que estão na base de sua utilização como instrumentos de comunicação.
Em consonância, “a linguística é definida,
na maioria dos manuais especializados, como a disciplina que estuda
cientificamente a linguagem” (Martelotta, 2012, p. 16).
Conforme Martelotta (2012), não podemos
nos esquecer que existem outros ramos do conhecimento que, à sua maneira,
também se interessam pelo estudo da linguagem. Uma vez afirmada como ciência,
delimitando objeto e metodologias próprios, a Linguística reivindica sua
autonomia em relação à outras áreas do conhecimento. Nesse sentido, existem
relações bastante estreitas entre essas áreas que faz com que, em algumas
vezes, seus limites não se apresentem nitidamente. A Linguística abrange uma
ampla gama de tópicos e seus limites são difíceis de serem traçados. Diante
dessa afirmação, é importante conhecer, mesmo que de forma sucinta, algumas
áreas da Linguística.
A Fonologia estuda
os sons da linguagem. A Sintaxe estuda a organização das palavras em frases e
sentenças, ou seja, as regras gramaticais. A Semântica estuda o significado das palavras, frases e
sentenças. A Pragmática lida com o uso da linguagem em contextos
específicos e em situações reais de comunicação. A Psicolinguística estuda a relação entre a linguagem e os processos
mentais. A Sociolinguística estuda a
linguagem e a sociedade. A Linguística Aplicada fala sobre a aplicação da linguística ao ensino
de línguas. A Linguística Computacional estuda como os computadores podem ser usados para
processar e simular a linguagem humana. A Estilística estuda a linguagem usada na literatura e em
outras formas de expressão da linguagem. A Antropolinguística
(ou Etnolinguística) estuda a
linguagem em cenários transculturais. A Linguística
Filosófica estuda relação entre a
linguagem e o pensamento lógico. A Linguística
Histórica estuda a mudança das
línguas ao longo do tempo. A Linguística
Sincrônica estuda as línguas em
um único ponto do tempo, sem considerar a evolução ao longo dos séculos. A Tipologia Linguística
lida com os diferentes tipos de linguagem.
Diante dessa sucinta
explanação, o Projeto de Pesquisa que ora desenvolvo, intitulado: Escrita na Universidade: a crise da
aquisição dos gêneros acadêmicos e os impactos da era informacional, aproxima-se
do que propõe a Linguística Aplicada, uma vez que esta fala sobre a aplicação
da linguística ao ensino de línguas. Desse modo, o projeto apresentado estuda a
escrita e o uso da linguagem em contextos acadêmicos.
REFERÊNCIAS
FIORIN,
J. L. (Org.) Linguística? Que é isso? São Paulo: Contexto, 2013.
MARTELOTTA,
M. E. (org.). Manual de Linguística. 2.ed., 1 ed., 1ª reimpressão. São
Paulo: Contexto, 2012.
MUSSALIM,
F. & BENTES, A. C. (orgs). Introdução à linguística: domínios e
fronteiras. Vol. 1 e 2. São Paulo: Cortez, 2001.
ORLANDI,
E. P. O que é linguística. São Paulo: Brasiliense, 1986.
MAGALHÃES, Lana. O cérebro. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/cerebro/. Acesso em: 22/03/2025.
CIÊNCIAS, Jornada de. Linguística: o que é isso? (youtube). Publicado em 12/07/2021. Duração: 7:42. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=UHL8vbqftQU. Acesso em: 22/03/2025.
Perfeita explicação! Um breve resumo bem explicativo desses conceitos de grande importância para nós, estudantes da linguagem. Deixo aqui minhas palmas para esse belo blog!
ResponderExcluirObrigada, querido Crístian!
ExcluirQue primor!
ResponderExcluirObrigada, professora Ludmilla!
ExcluirMuito interessante. Parabéns pelo texto!
ResponderExcluirObrigada, Anderson!
ExcluirParabéns por sua publicação, Verania! Procure informação como faz referencia de links.
ResponderExcluir