Olá, queridos leitores! Sejam muito bem-vindos à nossa 6ª postagem. Hoje, vamos mergulhar em um tema vibrante, envolvente e que está presente em absolutamente tudo ao nosso redor: AS CORES. Muito mais do que estética, a cor é emoção, é linguagem, é energia que impacta diretamente o nosso corpo e a nossa mente.
Emoção Intercultural e Significados
Simbólicos das Cores
A cor é parte inseparável do nosso
cotidiano e sua presença é evidente em tudo o que percebemos. É amplamente
reconhecido que as cores também têm um forte impacto em nossas emoções e
sentimentos. Descobriu-se que as cores desencadeiam certas reações psicológicas,
físicas, biológicas e metabólicas nos humanos. Dessa forma, a cor é o bloco de
construção fundamental dos símbolos visuais e serve como um método de
comunicação para os humanos. A cor é um fenômeno da luz e se baseia em
diferentes faixas de comprimentos de onda. Quando o raio de luz se curva,
podemos ver um espectro de cores, um arco-íris e todas as cores nele contidas
são uma bela visão.
Fonte:
Brasil Escola UOL
No entanto, a cor pode gerar outro nível
de significado na mente. O simbolismo da cor surge de associações culturais,
míticas, históricas, religiosas, políticas e linguísticas. Os significados
simbólicos das palavras relacionadas às cores revelam conotações abrangentes em
culturas, incluindo significados positivos e negativos. Embora determinadas
cores tenham sido altamente preferidas, independentemente da idade, grupo
racial ou cultura, por outro lado, as cores afetam nosso funcionamento antes
mesmo de termos consciência disso e transmitem mensagens importantes. Com
efeito, as cores são usadas em bandeiras e cores nacionais para identificar
grupos e países.
As cores são usadas em diferentes sinais para nos alertar sobre o perigo e nos manter alertas. Nas civilizações antigas, a cor era parte integrante da substância e do ser de tudo na vida. Ela também está intimamente associada aos estados mentais e emocionais, podendo afetá-los profundamente. A maior parte do simbolismo fundamental das cores foi extraído da natureza. Nesse contexto, a bandeira do Piauí, assim como a bandeira do Brasil, utiliza as cores verde, amarelo e azul. O verde representa a esperança, o amarelo a riqueza mineral e o azul o céu. A bandeira também inclui uma estrela branca, que simboliza Antares, a estrela que representa o Piauí na bandeira nacional, e a data "13 de Março de 1823", que marca a Batalha do Jenipapo.
Fonte: Toda matéria
O contexto sociocultural e religioso em
que uma pessoa foi criada também pode moldar a associação das cores. Logo, a cultura
pode ser definida como um amálgama de atitudes, valores, ética, normas,
costumes, crenças, rituais, mitologia, escrituras, doutrinas e todas as formas
de arte aceitas e praticadas ao longo de gerações por um determinado grupo de
pessoas.
Um exemplo bem conhecido são as duas cores
acromáticas: preto e branco. Morte e luto são associados à cor preta nas
tradições ocidentais, enquanto na China a cor da morte é o branco. Na maioria
dos países orientais, incluindo o Sri Lanka, a cor do luto é o branco. As cores
do luto de diferentes nações não são desprovidas de significado. No Brasil,
especificamente na religião católica, o branco significa a paz.
O que é cor?
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Uma das propriedades mais marcantes da vida é que ela tem cor. Para entender o fenômeno da cor, é útil pensar na luz como uma onda. Portanto, a cor é um comprimento de onda da luz. Diferentes objetos refletem diferentes comprimentos de onda da luz que entram em nossos olhos e chamamos de cor o comprimento de onda diferente. “Feisner descreve as propriedades da cor da seguinte forma: o matiz descreve um comprimento de onda específico e é a diferença mais visível entre as cores. O valor descreve o grau de claridade ou escuridão em relação ao branco e ao preto. A intensidade ou saturação (croma) define o quão brilhante ou opaca é uma cor quando comparada a um cinza neutro do mesmo valor. As cores também podem ser descritas em termos de temperatura. A temperatura se refere ao calor ou ao frio de uma cor.”
Emoção
Emoção é um estado mental associado a pensamentos, sentimentos, respostas comportamentais e um grau de prazer ou desprazer. Atualmente, não há consenso científico sobre uma definição. A emoção está frequentemente interligada ao humor, temperamento, personalidade, disposição e motivação. Emoção é a experiência consciente do afeto, completa com a atribuição de sua causa e a identificação de seu objeto. A sensação de enjoo e desconforto que você pode experimentar, sem saber por quê, é um efeito. A principal razão por trás da complexidade das emoções é sua sensibilidade a circunstâncias pessoais e contextuais. As cores podem sinalizar perigo ou nos dar dicas de sobrevivência. O significado da emoção é determinado por nós com base na força do evento, realidade e relevância, além de fatores relacionados às nossas informações básicas, como prontidão e merecimento. As emoções básicas têm uma combinação única de propriedades que as tornam distintas umas das outras.
Cultura
Pessoas que vivem em culturas diferentes
podem apreciar coisas diferentes e pensar de maneiras diferentes, o que também
afeta as emoções e a forma como as pessoas percebem as cores. A cultura afeta
nossa vida cotidiana, refletindo-se em nossa tomada de decisões, comportamento
e comunicação. Dessa forma, a cultura impacta a maneira como agimos, pensamos,
sentimos, falamos e acreditamos. Sendo assim, é a programação coletiva da mente
que distingue um membro da equipe dos membros da outra equipe.
Dito isso, o termo é usado de maneiras diferentes por pessoas diferentes. Quando um arqueólogo se refere a uma cultura, geralmente se refere a um conjunto distinto de artefatos e outros vestígios. Uma cultura arqueológica são os vestígios materiais que usamos para identificar uma sociedade passada. E quando "cultura" é usada para se referir a coisas como escultura clássica, ópera e similares, geralmente é uma abreviação de "alta cultura", arte e outras expressões de uma cultura considerada como expressão de valores e aspirações particularmente nobres. Hofstede dividiu a cultura em cinco dimensões, que ele chamou de distância do poder, aversão à incerteza, individualismo versus orientação de grupo, masculinidade versus feminilidade e orientação de longo prazo versus orientação de curto prazo. Cada país é transferível às escalas dessas dimensões e, nesse sentido, comparável a outros países. Masculinidade e feminilidade descrevem papéis de gênero na sociedade e valores relacionados ao trabalho.
Por que associamos cores diferentes a
emoções diferentes?
As teorias de associação ainda
são incompletas e o trabalho teórico e empírico está em estágio inicial. Por
exemplo, as cores vermelho e azul foram as cores mais preferidas entre os
americanos, mas menos preferidas em outras culturas. Em uma comparação entre
japoneses e coreanos, foram observadas tendências únicas de preferência por
cores entre os dois países, e também em relação à idade, gênero e região
geográfica dentro de cada país. Em uma investigação sobre as associações
emocionais de crianças com cores, cores claras, por exemplo, amarelo e azul,
estão associadas a emoções positivas; cores alegres, fortes; e cores escuras,
preto e cinza, a emoções negativas, tristes e raivosas.
As cores também podem ser descritas em termos de temperatura, como "quente" ou "frio", em relação ao comprimento de onda dominante da cor. As cores frias, azul, verde e roxo, são geralmente consideradas relaxantes e tranquilas, enquanto as cores quentes, vermelho, amarelo e laranja, são vistas como ativas e estimulantes. Os efeitos da cor na percepção do tamanho do ambiente e na resposta psicológica, observando que cores frias, como azul e verde, tornam o espaço relaxante e aumentam a amplitude, porém, cores quentes, como vermelho, laranja e amarelo, tornam o espaço menos espaçoso, aumentando a estimulação.
Significado Simbólico das Cores na
Cultura
O simbolismo das cores em diferentes
culturas tende a ter a identificação comum dos nomes das cores por meio do
intercâmbio cultural. A maneira como diferentes culturas veem e descrevem o
significado das cores varia drasticamente ao redor do mundo. Os usos e
significados das cores nunca foram totalmente consistentes entre as fronteiras
culturais. As cores podem carregar diferentes significados simbólicos; o
amarelo, no norte da Europa, conota "engano" e "covardia",
enquanto no Sri Lanka é a cor imperial; na tradição budista, o amarelo
representa "humildade" e "renúncia"; mas na civilização
maia da América Central, era associado ao Ocidente. A razão subjacente para
essas diferenças é que os símbolos usados para representar energias arquetípicas
estão sujeitos às limitações criativas da mente humana.
No nível cultural, esse processo de
diferenciação recebe estímulos adicionais do ambiente natural. Normalmente, a
elite cultural domina os nomes das cores ao longo do tempo. Nas culturas
ocidentais, o branco tem sido um símbolo de pureza e virgindade. Existem muitas
cores, mas aqui me concentro em cinco cores primárias: vermelho, amarelo,
azul, branco e preto. Quando duas cores são misturadas, elas podem produzir
outras cores. Nas seções seguintes, abordarei cada uma das cinco cores
primárias, que também representam significados diferentes em diferentes épocas,
lugares e culturas.
Vermelho |
O
vermelho tem conotações positivas, como vida, amor, fertilidade e
poder, sendo usado em rituais, vestimentas reais e cerimônias religiosas. Por
outro lado, também possui conotações negativas, simbolizando guerra,
violência, pecado e destruição. |
Amarelo |
O
amarelo, em conotações positivas, simboliza o sol, a vida, a
sabedoria divina e a renovação, sendo venerado em diversas culturas como
representação de poder e energia vital. Em conotações negativas, está
ligado à velhice, doença, morte e ao submundo, especialmente em culturas
indígenas e em expressões do idioma inglês. |
Verde |
O
verde, de forma positiva, simboliza vida, crescimento,
renovação e fertilidade, sendo associado à primavera, deuses como Osíris e o
Homem Verde, e à identidade cultural da Irlanda. Por outro lado, suas conotações
negativas incluem associações com perigo, morte, superstição e forças
sobrenaturais, como na Europa medieval, onde era ligado ao Diabo e
considerado sinal de azar. |
Azul |
O
azul, em conotações positivas, está associado ao céu, ao
divino, à paz, pureza e imortalidade, sendo símbolo de espiritualidade em
diversas culturas, como no Egito, cristianismo e hinduísmo. Também evoca
calma e proteção, como nos amuletos contra o mau-olhado e no tradicional uso
por noivas. Em contrapartida, suas conotações negativas incluem
tristeza, solidão e instabilidade emocional, sendo ligado à depressão e à
imprevisibilidade em expressões idiomáticas como “out of the blue”. |
Branco |
O
branco, em suas conotações positivas, simboliza luz, pureza,
verdade e espiritualidade, sendo usado em rituais religiosos, vestes
sacerdotais, batismos e casamentos, além de representar paz e harmonia em
práticas budistas no Sri Lanka. Já nas conotações negativas, está
ligado à palidez, morte, ausência de vitalidade e ao sobrenatural, como
fantasmas e almas representadas por figuras brancas em diversas culturas. |
Preto |
O
preto, em suas conotações positivas, simboliza renascimento,
fertilidade e o ciclo da vida em culturas como a egípcia e a hindu, sendo
também associado ao tempo e à profundidade espiritual. Já nas conotações
negativas, especialmente no Ocidente, representa morte, luto, medo, azar
e o desconhecido, além de estar ligado a figuras como o Ceifador e a
expressões de culpa ou maldade. |
Referências
FEISNER, Edith Anderson. Color Studies. [S. l.]: Fairchild Books & Visuals, 2005. 60 p. ISBN 9781563673955. GAJANAYAKE, Harshani. Cross-Cultural Emotion and Symbolic Meanings of Color. 2019. Disponível em: https://international.binus.ac.id/graphic-design/2022/02/02/cross-cultural-emotion-and-symbolic-meanings-of-color/. Acesso em: 10 maio 2025.
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